sábado, 24 de julho de 2010

Trabalhadores do Brasil

As aulas do curso de Comunicação Popular do Núcleo Piratininga de Comunicação tem sido inspiradoras. Literalmente! Ou seria musicalmente? Seja o que for, a galera sintonizada em cultura não tem deixado passar nada.

No sábado, 23 de julho, Mc Fiel, integrante do coletivo Visão da Favela e estudante do NPC, mostrou em primeira mão, um rap que fez com o conhecimento acumulado a partir das aulas de política, história, geografia e comunicação do curso. Na letra, Fiel proclama a sentença:
"Trabalhadores do Brasil vivem falidos
Trabalhadores do Brasil são esquecidos
Trabalhadores do Brasil vivem falidos
Trabalhadores do Brasil morrem bandidos"


Segundo Mc Fiel, o rap é uma homenagem o NPC, que "o fez despertar e perceber quem de fato são os responsavéis e os verdadeiros construtores do Brasil: a massa de trabalhadores pobres e oprimidos nas periferias". O rap será gravado no estúdio do músico Marcelo Yuka, e fará parte do próximo CD do coletivo.

Mas nos corações e mentes de todos os estudantes e integrantes do NPC, o rap já foi gravado na coletânea da vida de cada um, com direito até a levada reggae citado por MC Fiel no vídeo. Pena, que Vitor Giannoti, o professor da aula sobre o 1º de Maio - Dia do Trabalho - não estava presente para assistir a homenagem.

Contudo, hoje a tecnologia permite tudo. De filmes 3D a este aí, caseiro, mas que resgatar esse pedaço da história do Núcleo Piratiniga de Comunicação, além de poporcionar uma palhinha do rap. Confira!



P.S: o rap foi nomeado de "Trabalhadores do Brasil" irresponsavelmente por mim - Tatiana Lima - afinal, o filho não é meu. Espero que o MC Fiel perdoe-me pela gafe!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Reitor da Uerj notifica judicialmente aluna do curso de Comunicação Popular do NPC

Em 18 de dezembro do ano passado, o reitor da Uerj Ricardo Vieiralves colocou em pauta no Conselho Universitário (Consun) uma minuta que pode abrir a possibilidade de privatização do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), por meio das Fundações Estatais de Direito Privado. Comprometido com a defesa de uma universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais no Estado do Rio de Janeiro (Sintuperj) elaborou boletins eletrônicos e impressos denunciando este passo que pode abrir as portas da Uerj rumo à privatização.

O caso foi denunciado no Jornal do Brasil e mobilizou centenas de trabalhadores e estudantes para as sessões do Consun e audiências públicas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Praticamente ignorando a história deste país, as lutas do movimento sindical, a liberdade de expressão, a liberdade de opinião e a liberdade de não se render às vozes autoritárias, Vieiralves – mesmo com inúmeros apelos – insiste em notificar a jornalista do Sintuperj, Silvana Sá, e o diretor do sindicato, Jorge “Gaúcho”.
Os trabalhadores aprovaram em assembleia uma moção de repúdio contra atitude do reitor. Os funcionários do sindicato – jornalistas, secretários - exigem a retirada da notificação judicial da jornalista e do sindicalista para impedir que atitudes como esta se repitam.
Além de Silvana Sá e Jorge “Gaúcho”, a reitoria da Uerj também está processando o Jornal do Brasil apresentando os mesmos argumentos.

Contatos:
Silvana Sá – 7612 4686
Jorge “Gaúcho” – 9605 7857 ou 9549 1497
Mariana Gomes - 8276 0352

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Informativo Santa Marta

Veja o Informativo Santa Marta na primeira edição da série, "A história que não contam nas salas de aula". O informativo é produzido pelo núcleo de comunicação do Visão da Favela Brasil.

Clique aqui para ler a edição sobre "A história da escravidão no Brasil".

segunda-feira, 5 de julho de 2010

CAMPANHA PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DA TERRA – RJ

SEMINÁRIO ESTADUAL DE FORMAÇÃO DA CAMPANHA PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DA TERRA – RJ
“REPARTIR A TERRA, MULTIPLICAR O PÃO”
Dia 10 de julho (sábado) às 9h no SINDIPETRO - RJ (Av. Passos, nº 34).

Se liga: TV Câmara lança catálogo Baixe e Use

A TV Câmara e a Comissão de Educação e Cultura lançaram o catálogo de vídeos Baixe e Use. Ele oferece material didático de boa qualidade para baixar gratuitamente. São mais de 150 documentários e reportagens especiais divididos por temas, disponíveis na página da TV Câmara. 

As produções abordam assuntos como cidadania, direitos humanos e história política brasileira, sempre relacionados com os conteúdos programáticos dos ensinos médio e fundamental.

O Baixe e Use foi criado para suprir as demandas da comunidade escolar e acadêmica, que solicita cópias dos programas da TV Câmara para uso em sala de aula. 

Clique aqui e começe a baixar!

sábado, 3 de julho de 2010

UPP´s: Desconstruindo o consenso

Nas ruas, quase todos concordam: as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), implantadas em algumas comunidades pobres do Rio de Janeiro, são um benefício para a cidade. Finalmente, o Estado estaria assumindo o controle sobre áreas perdidas, trazendo paz para os cidadãos, moradores ou não de favela. 

Segundo o discurso oficial, outros benefícios viriam de carona com a suposta paz. Instaladas no coração das comunidades, com a expulsão de narcotraficantes ou milicianos, as UPPs seriam o policiamento comunitário que, por tantas vezes, se reivindicou. Amplamente elogiada pela mídia hegemônica, têm o apoio dos cariocas de todas as classes. Entretanto, a avaliação de especialistas em segurança pública, curiosamente, foge a esse consenso.

Alguns dos críticos da política pública veem alguns pontos positivos na política. O principal deles é a retomada de territórios perdidos para o narcotráfico. Regiões pobres da cidade, em tese entregues ao controle político-econômico dos varejistas da droga, estariam sendo recuperadas pelo Estado, através de seu braço armado, a polícia. 

Porém, nem todos estão de acordo. “É muito cômodo usar esse argumento. Nunca houve área em que o Estado não pudesse agir. Nós não aceitamos essa teoria, de regiões com Estado paralelo. A implantação das UPPs é suporte para toda uma série de medidas de criminalização da pobreza que estão em andamento no Rio de Janeiro”, afirma Camilla Ribeiro, do Justiça Global.

Leia reportagem completa de Leandro Uchoas no Brasil de Fato.